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12 de janeiro de 2020

Desmistificando a Ceia


A ceia de Cristo, a Santa Ceia, a ceia do Senhor, é um local, um momento de partilha, de compartilhamento, de doação.

Cristo se doou, se partilhou por e para nós.

E assim deve ser até hoje.

O pecado na Ceia é ter algo e não dividir. É estar à mesa comendo e um irmão não ter nada. Esses comem e bebem para a própria perdição. No partir do “pão” é que se mostra o significado da Ceia. E a palavra “pão” vai muito além de comida, “pão” é tudo aquilo que for necessário para que o ser humano tenha dignidade.

A Ceia é um local onde dividimos tudo, a comida, o ombro, os bens, o abraço, o carinho, a atenção.

A Ceia de Cristo só faz sentido se houver generosidade no compartilhar, da mesma forma que Jesus, generosamente, se deu em nosso lugar.

Não, a Ceia não é só um Memorial, um momento de refletirmos que Cristo se deu 100% em nosso lugar. Ela vai além, pois no Reino de Deus as coisas não são simplesmente só para refletir, no Reino do Cristo, o Amor é uma ação, um movimento, atitudes que fazem diferença na vida do próximo a quem nós devemos compartir.

A Ceia não deve ser um momento separado, único, programado num “culto”, “missa”, “celebração”, a Ceia deve acontecer todo dia diante da mesa.

Jesus compartilhou sempre, a todo momento, e naquela celebração de Páscoa ele foi enfático sobre o dividir, o compartilhar.

A Ceia de Jesus acontece toda vez que compartilhamos a mesa, repartimos o "pão e o vinho", com qualquer pessoa, em qualquer lugar, sem forma específica e sem nenhum ritual.

Na mesa da Ceia do evangelho todos são bem vindos a participar, sem nenhuma acepção.

Na Ceia do Evangelho de Cristo, o ponto principal é o repartir, é o doar e se doar e toda vez que isso acontece, à memória de Cristo se faz.